quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cérbero #04(parte 4)

Ok...cerbero urbano um bebado que deseja comer a própria filha e persegue o seu ex pretendente a genro? É um mosaico fragmentado que não se entende, mas acho mesmo que não é para entender, mas de perceber sensorialmente essa forma expressiva. O homem moderno é isso? uma coisa que come, é comido, bebe...aporcalha-se...digno de lástima é o homem que não se tornou senhor de suas paixões. O cerbéro perdeu suas cabeças e está sem Minos (sem nenhuma ordem).

(Wagner Pinheiro)

Cérbero #02

Valei meu caro...o boi da cara preta...o cérbero de chifres...o infernos em instâncias urbanas!

(Wagner Pinheiro)

Cérbero #02

o inusitado continua sendo o inusitado sendo assim cinema experimental pra quem gosta de experiencia audio visual

(Godot Quincas)

Cérbero #00

Vi o primeiro vídeo do projeto ("a inconcebível vontade...") e achei muito interessante. Faz o sujeito refletir sobre vários temas e o que mais me sensibiliza nele é a questão do anonimato da cidade grande. E até quando considerar inconcebível a vontade de olhar para o chão pode ser revolucionada olhando para cima? Bom, pelo menos faz pensar. Tem um trabalho que considero belíssimo (na medida proporcional ao que os sociólogos podem ser belos), chamado "a metrópole e a vida mental", de George Simmel (talvez já tenha falado sobre ele, pois alémde ser um clássico das ciências sociais, acho o texto magnífico). Fala sobre esse tema também, dentre outros: a solidão na cidade grande, a questão do tempo controlado do citadino (expresso no vídeo de vocês quando o personagem deixa o relógio cair no chão), o anonimato, a mediocridade que é ser "singular" no meio de tantos iguais. Há um grande diálogo desse ensaio (que e de 1903!!!) e o vídeo do Projeto Cérbero. Gostei mesmo. Mais uma vez a linguagem da arte toca no campo do sensível o que a academia descreve, na maioria das vezes, em tão árduas palavras.
(Camila Sampaio)