sexta-feira, 27 de novembro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Projeto Cérbero é um total equivoco que devia se auto-implodir. Não alcança nem a mediocridade. Uns sujeitos que se julgam artistas mas que, de fato, não tem a menor noção do que seja arte. Brincam que são artistas. Talvez para se exibirem para os parentes e para os coleguinhas. Sujeitos inconsequentes sem o menor compromisso com o pensamento artístico. O pior é que atrapalham o trabalho daqueles que verdadeiramente se dedicam a criações com seriedade e comprometimento artístico. Divulgam como arte esse lixo que fazem. Se ainda vos resta um pingo de respeito em vossas consciências eu vos peço: por favor, parem imediatamente com essa coisa desprezível que vocês chamam de projeto cérbero.

Almir Barros Sobral

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ensaio


Stencil: Fê Codeço
Aplicação: Anna Terra
Colaboração Lucas Castelo Branco
Apoio moral Projeto Cérbero

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lembranças frescas do Barba Azul

Você tem a humildade de uma pomba e o orgulho de uma águia. Porém cuidado para que o orgulho não se transforme em vaidade.

domingo, 27 de setembro de 2009

Cérbero #06(romance de cavalaria)

Adorei os vídeos/ações: as cores, o desdobramento da ação, o caráter paródico e burlesco, as menções/citações a várias obras (os labirintos e paragolés do Hélio, Hamlet em versão tropical, Dom Quixote da bagunça, Terra em Transe etc etc etc). Acho o máximo toda a estética da balbúrdia que anima o trabalho. É isso aí! Sorte p/ vocês na continuidade do projeto cérbero, no domínio progressivo das questões artísticas e culturais que desejam trabalhar. Depois vamos nos falando.
Beijos do Da Costa.

(José DaCosta)

Cérbero #06(romance de cavalaria)

Mudaram o rumo? Adorei Caroll de ninja!
Desta vez me pareceu que vocês riem mais de si mesmos. É engraçado.
Adultos crianças que brigam/brincam num playworldground.
O ator/o homem mais no centro das atenções do que a imagem.
O poder é desejo masculino? Apenas duas mulheres: uma ninja e uma louca devoradora.

Merda para vocês!


(George Holanda)

sábado, 26 de setembro de 2009

Lembranças, frescas e transformadas, do filme A Casa Nucingen (“Nucingen Haus”) de Raoul Ruiz:

Uma jovem estava passeando por um bosque com um homem calvo de bigode.

A jovem diz:

- Que estranho! Não sei se estou acordada ou dormindo.

O homem fala:

- Posso beijá-la?

A jovem responde:

- Se eu estiver dormindo, sim. Se eu estiver acordada, não.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tecendo a Manhã

1.

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele pr
ecisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a o
utro; e de outros galos
que c
om muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.


2.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si:
luz balão.

(JC de MN)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cérbero #04(parte 4)

Ok...cerbero urbano um bebado que deseja comer a própria filha e persegue o seu ex pretendente a genro? É um mosaico fragmentado que não se entende, mas acho mesmo que não é para entender, mas de perceber sensorialmente essa forma expressiva. O homem moderno é isso? uma coisa que come, é comido, bebe...aporcalha-se...digno de lástima é o homem que não se tornou senhor de suas paixões. O cerbéro perdeu suas cabeças e está sem Minos (sem nenhuma ordem).

(Wagner Pinheiro)

Cérbero #02

Valei meu caro...o boi da cara preta...o cérbero de chifres...o infernos em instâncias urbanas!

(Wagner Pinheiro)

Cérbero #02

o inusitado continua sendo o inusitado sendo assim cinema experimental pra quem gosta de experiencia audio visual

(Godot Quincas)

Cérbero #00

Vi o primeiro vídeo do projeto ("a inconcebível vontade...") e achei muito interessante. Faz o sujeito refletir sobre vários temas e o que mais me sensibiliza nele é a questão do anonimato da cidade grande. E até quando considerar inconcebível a vontade de olhar para o chão pode ser revolucionada olhando para cima? Bom, pelo menos faz pensar. Tem um trabalho que considero belíssimo (na medida proporcional ao que os sociólogos podem ser belos), chamado "a metrópole e a vida mental", de George Simmel (talvez já tenha falado sobre ele, pois alémde ser um clássico das ciências sociais, acho o texto magnífico). Fala sobre esse tema também, dentre outros: a solidão na cidade grande, a questão do tempo controlado do citadino (expresso no vídeo de vocês quando o personagem deixa o relógio cair no chão), o anonimato, a mediocridade que é ser "singular" no meio de tantos iguais. Há um grande diálogo desse ensaio (que e de 1903!!!) e o vídeo do Projeto Cérbero. Gostei mesmo. Mais uma vez a linguagem da arte toca no campo do sensível o que a academia descreve, na maioria das vezes, em tão árduas palavras.
(Camila Sampaio)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cérbero # 03

Bom em defesa da edição posso explicar minha linha de raciocínio. Esqueçam que vocês sabem o que é carnaval. Essa palavra agora não significa mais nada. O que inicia o vídeo não é o carnaval. É um espaço com pessoas fantasiadas. Som alto e confuso. Ansiedade num caldeirão. O tempo tem que ser suficiente para tanta euforia, por isso o tempo passa errado. Quando se vê já foi, ficou apenas uma lembrança. Nada se concretiza. Os preparativos são mais intensos que o evento. Então a culpa. A culpa por não ter aproveitado. A culpa por ter aproveitado em excesso. Tantas expectativas diferentes e tantas frustrações.

(Vinicius Nascimento)

Cérbero # 03

Que bom que ficou pronto! maneirissimo...acho o projeto muito legal...mas por ter visto os outros vídeos e principalmente ter participado deste de forma intensa, gostaria de expressar minha opinião de forma clara, como mais uma contribuição a idéia desse vídeo...
acredito que muitas situações inusitadas aconteceram e que foram fantásticas e que deveriam ter sido mais usadas: pessoas que tentavam nos estimular, pessoas que tentavam interagir conosco, pessoas que se assustavam conosco, nós que nos assustavamos com a alegria das pessoas. Conexões em olhares entre nós e o público... Não sei se foram registradas.
O fato de nós estarmos no meio daquele turbilhão de pessoas embevecidas pelo carnaval como um grupo absorto e melancólico causou muita estranhesa ao set e as próprias pessoas que ali se encontravam, acho que isso deveria ser mostrado se há registros disso. Também apesar de não ser a favor de uma forma aristotélica de narração, nesse caso acredito que o fato de estarmos no começo evitando o contagio da alegria e estarmos envolvidos com a ausência de alegria e depois nos entregarmos ao final do dia a alegria contagiante( bem no finalzinho) contribui para uma narração dessa idéia de pessoas apáticas ou melancólicas que sucubiram a uma felicidade quase forçada que é o carnaval. Isso é muito interessante e não vi essa evolução narrativa. Não sei se a idéia era essa, mas pelo menos entrei nessa viagem.E E na minha opinião a mistura de imagens captadas no final com as imagens captadas no começo, ficou meio confuso. Outro detalhe é que acredito terem sido parcos os momentos que foram utilizados como: silêncio( ausência de som esterno) e a música escolida que traz um clima póetico...o audio esterno, na minha opnião ficou excessivo, pois ele significa muito num momento, mas depois ele por excesso de uso não significa mais nada. Talvez depois de ter visto o vídeo, acho que número 1( do Fernandinho olhando pra o céu), o qual é extremamente poético, com lindas imagens, com figuras geométicas captadas pela camera do rosto, do corpo do ator e com a escolha da música criei mais expectativa nesse vídeo dos mortos. Acho que ele está aquém da experiência vivenciada lá, proposta por vocês e suas idéias.
Jogo aqui essa bola para discutir...se for do interesse...afinal não sei se a idéia que eu tinha é a mesma que vcs tiveram...nem sei se há esse espaço pra discurssão...rsrs

(Jean Bodin)

Cérbero # 03

Na primeira vez que vi pensei coisas similares sabe? Nossa vivência foi muito forte ali, de fato e muita coisa interessantíssima ficou de fora.Dai vi mais umas quatro vezes até me manifestar, e a cada vez tentava colocar um olhar diferente.Agora, acabei de ver novamente e me apaixonei pelo trabalho da edição. E de alguma forma me pareceu que nós ali éramos apenas pretexto, personagens da multidão, mergulhados nela. A "narrativa" ganhou amplitude.Acho essa bola que vc levantou extemamente importante para o projeto, porque existe uma lacuna entre a situação vivenciada e o vídeo. Mas não penso que essa lacuna seja ruim, penso que ela também é uma possibilidade.Ou seja, temos a possibilidade de distanciar o vídeo da ação cênica de rua,e tb temos a possibilidade de aproxima-los, fazendo a escolha com apropriação.Acho que o projeto tem muito a ganhar com sua avaliação Bodin.Seria legal se todos escrevessem algo né?

(Carolline Cantidio)

O projeto Cérbero

O projeto Cérbero surgiu no final de 2008 de uma parceria entre alunos do Instituto Brasileiro de Audiovisual - Escola de Cinema Darcy Ribeiro e alunos de teatro da UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Com o objetivo de desenvolver uma pesquisa de linguagem multimídia que abarcasse a criação de ações cênicas urbanas, e o desdobramento delas em vídeos experimentais.

O MITO

Cérbero, na mitologia Grega, é o cão de três cabeças que protege a porta do Hades, o mundo dos mortos. Suas três cabeças simbolizam as três câmeras com que filmamos as ações cênicas urbanas. Elas fazem com que essas ações “escapem” a sua finita duração no espaço-tempo. E após o processo de montagem em que se recria essa ação, elas revivem no mundo virtual “dos mortos”, ou seja, como obra áudio-visual.

O PROCESSO

O projeto possui uma dinâmica dramatúrgica que se divide em três momentos:
Primeiro criamos um argumento aberto ao improviso que define o tema, o local e a proposta da ação. Usamos ação cênica, pois cada novo argumento pode indicar o uso, de diferentes gêneros das artes cênicas e visuais, sem estar preso a nenhum deles.
A partir do argumento, realizamos a ação cênica - que é o resultado de uma dinâmica de improvisação entre os performes-atores e os três câmeras. A ação se desenvolve sem interrupção e gera um segundo resultado dramatúrgico. Os três câmeras fazem parte da ação cênica, são também performers e captam diferentes pontos de vista da ação.
Finalmente temos o processo de edição do vídeo que gera ainda uma terceira dramaturgia.

CONCEPÇÃO

Quanto aos modos de representação e produção de sentido o projeto assume influências da antropofagia, do cinema marginal, das performances, dos hapenings, do teatro de rua e dos recentes flash mob.
O projeto tenta perceber o cotidiano urbano na sua própria dinâmica fragmentada, seus coros de homens e carros, sua multiplicidade de vozes e imagens, seu ritmo acelerado. Utiliza essa dinâmica no seu fazer poético, nos seus procedimentos narrativos. Interfere neste cotidiano e cria na matéria mesma de seu caos.

Por onde Cérbero passa, ele cria uma dobra na realidade, uma ruptura com o comum da comunidade, um BURACO no meio do asfalto, uma passagem para o mundo dos mortos, um campo de signos estranhos e de construções artificiais. E acreditamos que é essa dobra mesmo, esse espaço marcado pela morte que pode gerar uma potência de vida no meio da cidade e no espaço virtual.


(Fernando Codeço)